SUSTENTABILIDADE

VIVER A VIDA SEM NECESSIDADE DE DESTRUIR O PLANETA, VIVER E DEIXAR VIVER







quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

BRASIL O PRIMEIRO EM SUSTENTABILIDADE?

É sempre bom compartilhar noticias sobre sustentabilidade com as pessoas. pois parece que esse sentimento está sendo diziminado entre politicos e empresários, e o planeta agradeçe.

Brasil se destaca em empreendimentos ecologicamente sustentáveis



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Em terça-feira 13/12/2011, às 11:26


SÃO PAULO – O Brasil é um dos países do mundo com o maior número de empreendimentos que podem receber o Selo Verde, uma certificação internacional de edifícios ecologicamente sustentáveis.

Foram avaliados 120 países, e o Brasil ficou em quarto lugar em número de prédios que podem receber a certificação, conhecida internacionalmente como Leed (Leadership in Energy and Environmental Design). A informação é da Agência Brasil.

Sustentabilidade ambiental
Apesar da colocação de destaque, apenas 1% do que é construído no País se encaixa no conceito de sustentabilidade ambiental. Segundo o gerente de relações institucionais e governamentais da Green Building Council Brasil, Felipe Farias, a demanda por construções sustentáveis no País não para de crescer, mas ainda existem desafios relacionados à falta de informação e preconceito.

Farias explica que existe uma forte crença de que as construções sustentáveis sejam muito mais custosas, o que, em muitos casos, não procede, sendo na realidade mais vantajosas. Investir em projetos verdes vale a pena, acredita Farias.

As indústrias de materiais de construção também estão fazendo parte desse desafio. Há bastante investimento desse setor para oferecer produtos de baixo impacto ambiental, ou seja, produtos como tintas com baixos compostos orgânicos voláteis, por exemplo.

Incentivos fiscais
No Rio de Janeiro o aumento de construções sustentáveis está ligado a incentivos fiscais e leis municipais. Segundo o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro, Jorge Luiz Arraes, já foram aprovados 160 mil metros quadrados de projetos ambientalmente sustentáveis na região portuária, uma das regiões mais degradadas do centro da cidade.

A região passa por um processo de revitalização para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, o chamado projeto Porto Maravilha. O projeto abrange 5 milhões de metros quadrados, além de diversas intervenções sociais e ambientais.

sábado, 10 de dezembro de 2011

DEZ MANDAMENTOS DA PRESERVAÇÃO

1- ECONOMIZE ÁGUA
2- NÃO USE SACOLAS PLASTICAS
3-EVITE AR-CONDICIONADO
4-NÃO USE BANDEJAS DE ISOPOR
5-NÃO COMA CARNE VERMELHA
6-EVITE CARROS
7-RECICLE
8-USE ALIMENTOS ORGÃNICOS
9- NÃO LOGUE LIXO EM QUALQUER LUGAR
10-PRESERVE AS PLANTAS

MUDE O SEU CONSUMO

FILMES DE 2011

EU SEMPRE RECOMENDO AOS MEUS ALUNOS QUE BONS FILMES, PODEM SIMPLIFICAR A VIDA DELES EM RELAÇÃO A GEOGRAFIA E A HISTORIA. É CLARO COM UMA VISÃO CRÍTICA. POIS UM FILME É SEMPRE UM FILME, MESMO SENDO UM DOCUMENTÁRIO. SEGUE UMA LISTA FEITA POR SÉRGIO RIZZO UM GRANDE REPORTER E CRÍTICO DE CINEMA. BONS FILMES´PARA ASSISTIREM NAS FÉRIAS!




Volta ao mundo em 10 filmes

Por Sérgio Rizzo, especial para o Yahoo! Brasil
qui, 24 de nov de 2011 14h18min ART

O cinema, todos sabemos, nos oferece uma imensa janela para o mundo. Na seleção abaixo, com 10 dos principais filmes lançados comercialmente nos cinemas do Brasil em 2011, temos uma pequena amostragem de como foi diversificada a produção internacional oferecida ao espectador. Seis desses filmes já estão disponíveis em DVD, e quase todos os restantes devem ser lançados no início de 2012.

Confira a lista, em ordem alfabética:

"A Árvore da Vida" (The Tree of Life)
O diretor norte-americano Terrence Malick ("Cinzas no Paraíso", "Além da Linha Vermelha"), muito próximo à obra do filósofo existencialista alemão Martin Heidegger, recebeu a Palma de Ouro de melhor filme no Festival de Cannes deste ano com um drama familiar que promove reverberações espirituais, incluindo conexões com o surgimento da vida no universo e com a ideia de eternidade. Já disponível em DVD.

"Bravura Indômita" (True Grit)
Já adaptado em 1969, com John Wayne no papel principal, o romance de Charles Portis ganhou dos irmãos norte-americanos Joel e Ethan Coen ("Fargo", "Onde os Fracos Não Têm Vez") uma transposição mais realista. Jeff Bridges interpreta um xerife durão do Velho Oeste, contratado por uma adolescente (Hailee Steinfeld) para encontrar o assassino de seu pai. Já disponível em DVD.

"Cópia Fiel" (Copie Conforme)
Encontros inesperados em um filme sobre verdades e mentiras, homens e mulheres, desejos e frustrações: o diretor iraniano Abbas Kiarostami ("Gosto de Cereja") reúne a francesa Juliette Binoche (prêmio de melhor atriz em Cannes-2010) e o barítono britânico William Shimell na Toscana (Itália), onde brinca com cenas de um casamento -- ou de muitos casamentos. Já disponível em DVD.

"O Garoto da Bicicleta" (Le Gamin au Vélo)
Habituados a tratar de irresponsabilidade paterna e de dilemas morais na sociedade contemporânea, os irmãos belgas Luc e Jean-Pierre Dardenne ("O Filho", "A Criança", "O Silêncio de Lorna") examinam os laços entre um menino abandonado pelo pai (Thomas Doret) e a cabeleireira que procura ajudá-lo (Cécile De France, de "Além da Vida"). Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes deste ano.

"O Homem ao Lado" (El Hombre de al Lado)
A intolerância e o preconceito pautam o relacionamento entre vizinhos que até então não se conheciam, em Buenos Aires, quando um deles (Daniel Aráoz) abre uma janela com vista para a casa do outro, um designer de prestígio internacional (Rafael Spregelburd). Dirigido por Mariano Cohn e Gastón Duprat, com roteiro de Andrés Duprat. Já disponível em DVD.

"Homens e Deuses" (Des Hommes et des Dieux)
O diretor e ator francês Xavier Beauvois recria a história verídica de um grupo de monges (interpretados por Lambert Wilson e Michael Lonsdale, entre outros) que viviam em um monastério na Argélia, nos anos 1990. A eclosão da crise política que opõe fundamentalistas ao governo os obriga a decidir entre ficar, e ajudar a população de uma aldeia, ou partir. Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 2010.

"Melancolia" (Melancholia)
Um filme-catástrofe como a ficção científica jamais havia produzido, graças ao dinamarquês Lars von Trier ("Dançando no Escuro", "Dogville", "Anticristo"). Na iminência do fim do mundo, duas irmãs (Kirsten Dunst, prêmio de melhor atriz em Cannes-2011, e Charlotte Gainsbourg), de vidas e personalidades distintas, procuram acertar as contas entre si e com o mundo.

"A Pele que Habito" (La Piel que Habito)
O reencontro entre os espanhois Pedro Almodóvar e Antonio Banderas (que já haviam feito "Matador" e "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos") é celebrado por um suspense de terror sobre um cirurgião plástico que vai longe demais na tentativa de fazer justiça com as próprias mãos -- e, também, de atender ao próprio desejo.

"Poesia" (Shi)
Desprezada pela filha e maltratada pelo neto, uma enfermeira solitária (Yun Jeong-hie) descobre que tem o mal de Alzheimer. Tudo conspira para que entregue os pontos, mas ela prefere se agarrar à vida e descobre um modo de fazer isso por meio da linguagem poética. Escritor de prestígio em seu país, o diretor sul-coreano Lee Chang-dong ganhou o prêmio de melhor roteiro em Cannes-2010. Já disponível em DVD.

"Trabalho Interno" (Inside Job)
Explicar as origens da crise financeira de 2008 para o público leigo em economia era uma tarefa difícil, mas o diretor norte-americano Charles Ferguson ("No End in Sight") conseguiu ir além desse objetivo, ao expor, de forma clara e incisiva, as engrenagens do poder no mundo contemporâneo. Narrado pelo ator Matt Damon, ganhou o Oscar-2011 de melhor documentário. Já disponível em DVD.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

DIVISÃO DO PARÁ

Existem assuntos que devido a sua importância deveriam ser amplamente debatidos pela opinião pública, por conta disso quanto mais informação melhor. Um desses assuntos é a divisão do estado do Pará. Voces sabiam que com essa nova divisão quem irá pagar os custos somos nós?

Por Lúcio Flávio Pinto. 30.11.11 - 18h30

A grandeza do voto


No domingo, 11, os paraenses serão protagonistas de um ato inédito no Brasil. Pela primeira vez na história nacional uma unidade federativa decidirá pelo voto a sua configuração territorial. Até agora, a criação ou extinção de Estados foi ato exclusivo do poder central, imposto de cima para baixo; ou produto de uma transação entre as partes.

A constituição de 1988 abriu a possibilidade de essa decisão ser adotada através de plebiscito. Um ano depois da vigência da nova Carta Magna, em 1989, o Estado do Tocantins foi criado sem a necessidade dessa consulta. Goiás não se opôs ao desmembramento de todo o norte do seu território. Pelo contrário: durante os oito anos anteriores integrou uma comissão bipartite que preparou o surgimento do novo Estado. Tocantins nasceu sob o clima do entendimento.

Como o Pará atual não aceitou o fracionamento, a consulta plebiscitária se tornou necessária. Apesar da originalidade da situação, até alguns dias atrás a opinião pública ignorou o fato. Parecia considerá-lo um acontecimento irrelevante, restrito a um Estado distante e secundário na estrutura do poder. Só começou a se aperceber da relevância da questão agora, às vésperas da votação – o que dá uma medida mais real do significado da Amazônia para o Brasil, descontada a propaganda e a fantasia.

Deve-se ressaltar que a maioria dos paraenses também permanece quase tão jejuna nessa pauta quanto um paulista ou um pernambucano. E que pauta: cheia de complexidades e sutilezas.

Os 4,8 milhões de eleitores habilitados a participar do plebiscito não vão escolher um líder local para algum cargo ou decidir sobre uma anomalia particular. A decisão que tomarem mudará a configuração territorial brasileira e provocará efeitos profundos sobre todo país.

A responsabilidade é grave e única, de um tamanho cuja grandeza o eleitor médio não tem a menor ideia. A campanha eleitoral em quase nada o ajudou nessa tarefa, dispersa entre ataques e defesas passionais, como em quase toda eleição.

Hoje, o Pará é o 2º em território do Brasil (com mais de 15% de toda sua extensão) e o 9º em população. Se a maioria dos eleitores concordar em dividi-lo para o surgimento de dois novos Estados, o Pará remanescente passará a ser apenas o 14º em tamanho e o 12º em população. Sua nova configuração poderia situá-lo no rabo da fila da federação brasileira por quase todos os critérios. Já não seria uma fronteira com grande potencial de crescimento: teria que aplicar seu engenho e arte para resolver problemas estruturais, dentre eles um território que perdeu grande parte da floresta amazônica que possuía.

O novo Estado do Tapajós, a oeste, se tornaria o 3º em território do Brasil (abaixo apenas do Amazonas e Mato Grosso) e o 24º em população. Passaria a ser a personificação mais próxima da idealização da fronteira amazônica. Mas ao lado de grandes extensões de floresta nativa há elementos de intensa perturbação desse ideal: enormes minas em expansão, estradas que abrem veias de destruição no meio da mata, grilagem de terras, conflitos rurais, desmatamentos em incontida expansão. Quase todos os problemas do Pará atual com menos instrumentos de resolução. Versão piorada do original.

O possível Estado de Carajás, ao sul, nasceria com o 9º maior território e a 22ª população. Dentro da Amazônia, pode ser comparada a Rondônia, a mais bem sucedida das unidades federativas que se originaram dos antigos territórios federais (os outros são Roraima e Amapá).

O paralelo não é destituído de significação. Estado típico de imigração, Rondônia sofreu tal desmatamento que a principal meta das suas lideranças é retirá-lo da Amazônia e transferi-lo para o Centro-Oeste. Assim ampliariam (de 20% para até 80%) a área de imóveis rurais passível de novas derrubadas de floresta.

Rondônia se parece cada vez mais ao sertão, de onde veio grande parte dos seus atuais habitantes. Carajás também. Seus mais recentes moradores sentem-se mais identificados com a paisagem semelhante à dos seus locais de origem, mas a Amazônia só tem a lamentar – e a perder. Os defensores do atual modelo de ocupação da região, que leva a esses efeitos tão danosos, são os mesmos que lideram as três frentes. Fique tudo como está ou mude a divisão administrativa do espaço geográfico, não será para melhor.

Mas não é só o conteúdo amazônico dessa vasta região, que representa dois terços do território nacional, o que está em causa no plebiscito. É a própria composição da unidade (ou da identidade) nacional, um desafio ainda à espera de uma resposta melhor do que a dada até agora. De um lado, os que tentaram amesquinhar a questão, sugerindo restringir a consulta à população das regiões que pretendem se emancipar (o que seria um jogo de cartas marcadas, com resultado certo: a favor).

De outro, os que interpretaram conforme seus interesses a regra constitucional, segundo a qual a “população diretamente interessada” na questão é toda a população brasileira e não apenas os 4,8 milhões de eleitores paraenses. Argumentaram que o custo da instalação dos dois novos Estados terá que ser rateado entre todos e que os efeitos políticos prejudicarão os demais, sobretudo os Estados mais fortes (cujo peso no parlamento sofrerá nova redução quando, no lugar dos 17 deputados federais e 3 senadores paraenses, se apresentarem 32 deputados e 9 senadores dos três Estados derivados do Pará).

Numa decisão inspirada para os padrões das suas últimas deliberações, o Supremo Tribunal Federal rejeitou essa tese, formulada pelo jurista Dalmo de Abreu Dallari, ligado à esquerda paulista. A “população diretamente interessada” é apenas a do Pará. Além de consagrar uma lógica quase tautológica, o STF fortaleceu – como raras vezes isso ocorre – a debilitada federação brasileira de verdade, ao invés de passar mais verniz na República Unitária que somos caracterizadas pela hipertrofia de poder em Brasília.

Como seria bom se o eleitor se sentasse diante da urna informatizada com a consciência de estar contribuindo para aumentar a democratização do Brasil. Será utopia pretender que o eleitor seja, antes de tudo, um cidadão ativo?